“A tarefa mais difícil na vida de uma mulher é não se sentir presa ao que ensinaram a elas que elas precisaram ser ou fazer”.
Das mulheres maduras que conheço algumas são extremamente livres e algumas extremamente aprisionadas. Mas aprisionadas em que? Na vida cotidiana, no status, na casa limpa, na moda da temporada, na necessidade de estar casada, na vontade/necessidade de ter filhos educados, limpos, saudáveis e obedientes, enfim, são muitas prisões que fazemos para nossa vida.
Por outro lado, as mulheres que são leves não deixam de se importar com isso tudo, mas conseguem não ser presas a isso... Elas conseguem fazer escolhas, conseguem educar os filhos sem o stress e a cobrança de serem perfeitas nesta tarefa, conseguem sorrir mesmo quando a casa está de pernas para o ar, conseguem deitar no sofá e ver um filme, CONSEGUEM SER LEVES.
Se eu sou livre? As vezes... penso que a tarefa mais difícil para uma mulher é não ser presa às coisas que disseram pra nós que são importantes na vida. Lá atrás, nos fizeram acreditar que seriamos boas mulheres se a casa estivesse limpa, os filhos penteados, o trabalho organizado, a barriga magra e por aí vai.
Mas como alcançar essa liberdade que pode nos ternar leves? Como ser livre e ao mesmo tempo não ser desleixada com a própria vida? Não existe resposta certa nesta pergunta. Talvez o caminho seja um aumento do nível de consciência, do pensar antes de fazer, falar ou agir. Com a evolução pensamos e respiramos fundo antes mesmo de tomar uma conclusão silenciosa. Talvez seja esse o caminho da liberdade com responsabilidade e leveza.
Conquistar a capacidade de respirar frente às demandas diárias é uma libertação. É incrível o que uma simples e esquecida ação faz por nós. Quando me deparo com uma situação na qual sinto um peso que não me agrada, seja por uma resposta que tenho que dar, uma ação que tenho que fazer ou pedido que tenho que responder, eu simplesmente respiro. É incrível como isto abre a perspectiva.
Quando isto acontece ouço meu corpo. Ele diz claramente se aquilo é bom ou não para mim através de minhas sensações e emoções. Quando respiro, sinto e tenho uma sensação desagradável, me permito a escolha de não fazer nada em muitas vezes.
E mesmo com toda essa mudança que está ocorrendo nesse mundo, nós sabemos que temos nossas tarefas, que são aquelas que escolhemos e definimos como nossas e longe de nós querer nos livrar das responsabilidades de nossas vidas cotidianas, mas quando conseguimos, mesmo que por uma fagulha do dia, nos sentir livres de tudo, e mesmo assim, ainda desejamos o mesmo lugar, aí sim, estamos toneladas mais leves e mais felizes.
Com amor,
Valéria.