Já parou para pensar em quais são seus valores?
Eles certamente são a razão principal de todos os seus padrões de comportamento.
Nossos valores são aquelas regras de comportamento que não abrimos mão e que mais valorizamos nos outros.
Cada um de nós tem uma hierarquia de valores. Eles se tornam nosso senso de certo e errado e nosso balizador na hora de escolher as coisas mais importantes de nossa vida.
Nossa escala de valores é longa e inclui coisas como saúde, família, segurança, saúde, cooperação, nível de competitividade, significado do trabalho, paz de espírito, propósito, amizades, disposição para inovação, status, felicidade, liberdade, aventura, espiritualidade, poder, realização, liberdade, amor, criatividade, integridade, participação, serviço, lealdade, orgulho, progresso, trabalho em equipe, crescimento e desenvolvimento, amor ao próximo, prazeres físicos ou sensoriais, qualidade, senso de ordem, senso de controle, senso de respeito, autoimagem e muitos outros, nesta ordem ou não.
A forma como hierarquizamos estes valores e a maneira como eles (ou a ausência deles) importam para nós é que determina como definimos onde e como dedicamos nosso tempo.
Por exemplo, se nos obrigamos a ficar em um determinado trabalho, mesmo não gostando dele, é porque há algum valor ali que é muito importante para nós, como a lealdade ou responsabilidade, por exemplo.
Se estes valores estiverem hierarquizados acima da satisfação pessoal podemos nos pegar fazendo inúmeras coisas das quais não gostamos, apenas porque em algum momento dissemos que faríamos.
Outros exemplos comuns de quando hierarquizamos valores que sobrepõem nossa satisfação pessoal ou qualidade de vida:
- Quando escolhemos assistir TV ao invés de investir em nosso desenvolvimento pessoal,
- Dormir mais ao invés de acordar para fazer atividade física,
- Ficar com a família ou viajar para trabalhar em um projeto fora da cidade,
- Escolher ficar com os créditos do trabalho ao invés de reconhecer a equipe que trabalhou e ajudou nele,
- Decorar a casa ao invés de fazer um investimento extra para ganhar mais depois.
Uma boa maneira de identificar os valores pessoais é se fazendo algumas perguntas básicas sobre as questões mais importantes da vida, como por exemplo:
- Sou convidado para reuniões ou trabalhos importantes?
- Sou reconhecido como pai/mãe?
- Passo tempo de qualidade com minha família?
- Passo tempo com meus clientes e funcionários?
Estas são questões importantes que nos ajudam a enxergar onde estamos colocando nossas prioridades e como estamos hierarquizando nossos valores.
Nossos valores podem também conflitar com os valores de outras pessoas ou com os valores do meio em que estamos envolvidos. Eles criam muitos paradoxos para serem gerenciados e equilibrados.
Por exemplo, sucesso profissional e tempo com a família são valores que, quase sempre, são conflitantes, afinal, no modelo de sociedade em que vivemos é quase impossível ter sucesso profissional sem passar a maior parte do tempo trabalhando e isto, fatalmente, sacrificaria a família. Este é um bom exemplo de valores que chocam entre si e ambos são muito importantes para a maioria das pessoas.
Muitos pais bem-sucedidos na vida praticamente não viram seus filhos crescerem.
O grande desafio aqui é definir qual dos valores é mais importante e estar plenamente ciente de que outros valores, igualmente importantes, podem ficar deixados de lado enquanto a pessoa coloca toda sua energia vital em um deles.
As escolhas são sempre necessárias e também são sempre consequência de outras escolhas. É sempre uma reação em cascata.
O resultado de nossas escolhas,
fatalmente gera novas escolhas.
A grande chave para estar bem nessas situações é ter a consciência de nós mesmos e das escolhas que fazemos.
Quanto mais consciência tomamos, mais somos capazes de fazer escolhas baseadas em nossos valores.
A definição dos valores é extremamente importante. É fundamental que eles estejam perfeitamente hierarquizados para que não corramos o risco de tomar decisões impensadas e comprometer o que é mais caro para nós.
Quando estamos plenamente conscientes das nossas prioridades passamos a ser mais resilientes ao conviver com as perdas oriundas das nossas próprias decisões, pois, uma vez que sabemos o que é realmente importante, sempre teremos consciência o saldo positivo no processo.