Você é capaz de aprender tudo que quiser!

Clique aqui para ouvir esse artigo

Se há uma coisa que aprendi é que se você acredita que algo é difícil, é difícil (ponto final).

 

Há dois anos (desde 2016) eu estudo massivamente sobre expansão de consciência, sobre autoconhecimento, autoconsciência, autorresponsabilidade, evolução, iluminação e por aí vai. Neste período aprendi muitas coisas, mas só agora me sinto confortável para falar sobre estes assuntos. Embora eu não tenha estudado formalmente, ou seja, frequentado escolas e comprado cursos de valores exorbitantes que existem por aí, eu tenho a certeza inquebrável que pude aprender muitas coisas do que estas pessoas estão ensinando ou tratando.

 

Desde criança fui ensinada a acreditar que, se eu me esforçasse o que fosse necessário, eu poderia aprender tudo que me propusesse a fazer. Meus pais sempre foram assim. Conquistaram uma vida confortável partindo da mais absoluta miséria, de, inclusive, não comer para que as filhas comessem. A diferença é que eles nunca nos deixaram perceber a escassez que vivíamos.

 

Sempre que precisavam nos privar de algo criavam histórias para acreditarmos que aquilo não era uma privação. Aliás, como morávamos na roça, comíamos aquilo que plantávamos e criávamos, portanto não precisávamos de muito para viver e conhecíamos muito pouco. Inclusive vale um comentário aqui, a gente só sente falta daquilo que conhece, por isto não sentíamos falta de muitas coisas.

 

Sempre éramos incentivados a construir nossos brinquedos, nos relacionarmos com outras pessoas que tínhamos o que precisávamos, fazíamos trocas, ajudávamos e éramos ajudados. Quando tínhamos que nos deslocar de um lugar para o outro, sempre muito distantes, íamos andando e meus pais, que tinha três meninas pequenas e só podiam carregar duas, me ensinavam, particularmente, o quanto eu era capaz de andar longas distancias sem colo, já que eu era a mais velha das filhas e que eu deveria me sentir especial por este motivo. Eu ia andando feliz da vida, só por ouvir aquelas palavras de incentivo do meu pai. Ele sempre me fazia acreditar que aquilo era fácil para mim. Embora minhas perninhas doessem no auge dos meus 4 anos de idade, eu andava aqueles 4 quilômetros feliz da vida.

 

Acreditar.

Esta é a palavra de ordem!

 

Meu pai e minha mãe, no auto da sua simplicidade e falta de estudos, provavelmente não usaram esta palavra vez alguma, porém seus olhos e seu coração conheciam este conceito como ninguém. Nós acreditávamos que nossa vida era boa, mesmo faltando itens de uso no dia a dia, éramos alegres, comungávamos o amos em família e diariamente nos sentávamos na nossa cama todos os 5 para orar e agradecer.

 

Os pedidos eram engraçados. Lembro-me uma vez que minhas duas irmãs pequenas fizeram os seguintes pedidos: “Papai do céu, eu quero um bombom”. Aquilo foi uma pausa de 5 minutos na nossa concentração para rir. Na verdade, hoje eu me lembro de que só minha outra irmã e eu gargalhávamos pela graça de tão inusitado pedido, pois esta minha irmã sempre gostou de chocolate e tinha poucas oportunidades de se deliciar com eles. Imagino que minha mãe tenha dado um sorriso amarelo e sentido a dor em seu coração por não ter um bombom pra dar à minha irmã naquele momento.

 

Já o outro pedido foi mais sério. Minha outra irmã, a irmã do meio, tinha medo de chuva (ela deve ter vivido experiências ruins em outra vida...), pois sempre pedia por segurança, porém neste dia seu pedido foi tão engraçado quanto a conjugação verbal usada na sua frase. Ela disse: “Senhor, não deixe que a chuva arrebentai nossas casas”. Ali a oração definitivamente acabou. Meu pai ria de até doer a barriga e eu nem tive a oportunidade de fazer meu pedido, que com certeza não teria graça alguma, pois já era maiorzinha e já entendia o que era politicamente correto pedir.

 

Engraçado que este foi um momento de total descontração, foi uma falha total na oração, mas ele reside no meu campo de memórias doces. Meus pais respeitavam nossas limitações, respeitavam quando fazíamos algo errado, quando fazíamos graça. Quando riam com a gente nos incentivavam a tentar e a errar, pois sabiam que uma hora conseguiríamos.

 

Crescemos, seguimos nossas vidas e sempre nos juntamos para relembrar estas histórias engraçadas. Temos aos montes. Temos também as histórias tristes que lembramos com amor, com carinho. Em todos os momentos difíceis que lembramos, sempre aparece a figura do meu pai, da minha mãe ou dos dois, nos acalentando, incentivando, ouvindo, aconselhando.

 

Esta é minha maior gratidão na vida. Por ter nascido nesta família que, erra muito, como qualquer outra, mas se apoia mais ainda.

 

Mas voltando ao tema dos estudos de autoconhecimento, me deparei com temas que até pouco tempo atrás eram místicos na minha consciência: meditação, yoga, hipnose, EFT, Thetahealing, Ho’oponopono, constelação familiar e várias outras. A lista não tem fim.

 

Sempre que me deparo com estas técnicas me deparo com o termo É DIFÍCIL dito por aguém. Os geradores de conteúdo te inspiram a meditar (vamos falar de meditação especificamente), mas no mesmo texto dizem que é simples e difícil. Mas ao mesmo tempo dizem que é a melhor técnica para limpar as tais crenças limitantes e que você deveria, lógico, fazer um curso ou contratar um coach.

 

Admiro muito quem ensina, inspira e quem distribui conhecimento. Sei também que a grande maioria que quer usar estas técnicas não está interessada em aprender, mas simplesmente em obter os benefícios. E está tudo bem. Não tem problema. Se não quer ou não sente aptidão para estudar, contrate alguém para te ajudar. O importante é se curar, é tratar a alma.

 

Mas o que me faz triste é que poucos, pouquíssimos, pregam que se pode aprender sozinho. Pois tenha certeza. Nós podemos. Nós podemos aprender tudo que nos propusermos a aprender. Estas pessoas que ensinam não nasceram sabendo, ou pelo menos, não nasceram lembrando que sabiam. Em algum momento, todo mundo teve a oportunidade de aprender.

 

E como gratidão ao universo estas pessoas ocultam suas fontes de conhecimento para venderem produtos empacotados. Minha pergunta é: estas pessoas querem realmente ajudar?

 

Vai chegar uma hora que eu pretendo oferecer meus produtos também. Mas o que vou vender não serão os produtos. Será o tempo que levei para organizar o conhecimento de forma prática. Jamais venderei o conhecimento, pois o conhecimento nos é dado de graça pelo universo. Venderei sim, o tempo e tudo que estiver disponível terá a fonte de aprendizado disponível também.

 

Certamente a maioria dos futuros clientes não terá tempo disponível, ou não será seu foco, ou não simplesmente pode não querer aprender desde o início. Neste caso poderão optar por produtos prontos, mas será por opção, não por falta de alguém lhes dar o caminho.

 

Muitas coisas são mesmo difíceis.

Mas nada, nada é impossível de ser aprendido.

 

Aquelas pessoas que apresentaram os temas originais, lá atrás, aprenderam por seus próprios meios. Isto significa que todos nós temos como aprender. Inclusive, por termos encarnados depois deles, tendemos a ter mais conhecimento agregado e mais conhecimento disponível para agregação.

 

A última coisa que quero alertar, é que as trilhas são a medida de quem as destrinchou. Isto significa que nenhum produto empacotado ou estrada já asfaltada é 100% ajustada para você. Meu conselho é, faça sim os tratamentos, os produtos e os programas que quiser, mas estude, faça sua parte, pois a sua parte são os ajustes necessários para que o caminho proposto te leve exatamente aonde quer ir.

 

Somos únicos e nossos resultados são potencializados à medida que ajustamos aquilo que consumimos à nossa unicidade.

 

Com amor,

Valéria.

 

Seja o primeiro a comentar