De um tempo para cá comecei a conversar comigo na terceira pessoa.
É incrível como ganhamos expansão de consciência quando usamos esta técnica de maneira consciente.
Vou te dar um exemplo que, certamente, já aconteceu com qualquer pessoa nesta vida:
Ao falar alguma coisa sem pensar, que não cai muito bem, que instantaneamente machuca outra pessoa, seja uma observação ou uma inocente fofoca (c'mon... Todo mundo já fez isto mesmo que seja sem querer...). Pois bem, ao fazer isto parece que no mesmo minuto a gente sente que o que fez não foi legal, certo?
Muitas vezes escolhemos não nos reparar e até fingir que não percebemos, mas lá no fundo sabemos que percebemos quando magoamos alguém ou fazemos algo que não é tão legal assim!
É como se viesse uma sensação, que chega a ser física as vezes, um calor ou um frio pelo corpo nos dizendo: “Fez merda”.
Esta é a voz!
Quanto mais nos permitimos ouvir esta voz, mais conscientes e expandidos ficamos, até que chega um momento em que, se deixarmos, esta é a voz que mais fala dentro de nós, para nós e por nós.
Há muitas crenças sobre isto, mas eu tenho a minha. Creio que esta voz é a nossa Centelha Divina, ou seja, a voz de Deus ou, se preferir, é o Espírito Santo sutilmente guiando nossos passos.
Esta voz sempre esteve ali dentro.
Quanto mais a gente começa a perceber sua existência, mais ela aparece para nós, mais nos torna conscientes do impacto do que fazemos, falamos e até pensamos.
Ouvir esta voz e deixá-la falar nos torna pessoas melhores e mais conectados com nossa Fonte do Ser, com o Criador, com Deus... Nos torna divino.
Tem uma passagem famosa de Jesus, em seu ministério que diz: “Vós sois Deuses”. Ele estava querendo dizer justamente isto, pois quanto deixamos a voz de Deus (o Espírito Santo) falar para nós e por nós, nos tornamos unificados com Deus.
Pense:
Se o Espírito Santo é parte de Deus e ele está dentro de nós. Quando o deixamos agir o que nos tornamos?
Acontece que quando chegamos a esta conclusão, de que somos deuses, naturalmente passamos a agregar as características mais marcantes de uma pessoa unificada, que é a paz interior, a alegria genuína, a calma, a ponderação, o não julgamento e assim vai, pois esta lista de qualidades é infinita.
Quando nos tornamos unificados a necessidade de vigiar é ainda maior. É sutil, mas quando nos “achamos” iluminados é que a iluminação vai embora na hora, pois para manter o estado de iluminação é preciso uma humildade absurda.
Ainda vamos falar melhor sobre isto, mas resumindo podemos dizer que a voz que está dentro da gente, e sempre esteve ali o tempo todo, é a nossa conexão com o Divino e que devemos nos esforçar para ter olhos e ouvidos para ela e não deixar que a mente racional tente fazer seu trabalho.
Manter esta voz cada vez mais presente nos garante esta aproximação, nos confere a iluminação, mas é importante saber que Deus é o criador e é quem mais respeita o nosso livre arbítrio (ah, e foi ele que criou o livre arbítrio também).
Deus não se importa em esperar caso nós percamos esta conexão. Ele sabe que nosso destino é um só. Isto é imutável.
Mas precisamos ficar atentos:
Ele tem todo o tempo do mundo, mas nós, nesta breve vida, não!