95% das pessoas definem metas e não conseguem alcançá-las. Sabe porquê?
IMPACIÊNCIA.
O mais importante e difícil estágio da definição de metas é exatamente a fase seguinte à sua definição em si. A fase do trabalho duro!
Quando estamos definindo nossas metas, a primeira coisa que sentimos é um breve estouro de euforia. Mas o ponto mais importante e difícil do alcance de objetivos é o estágio imediato após a definição destes objetivos em si, pois a euforia inicial passa logo e então chega-se no árido platô da aprendizagem. É nessa fase que a maioria das pessoas se perde pelo caminho até chegar a desistir.
O estágio pós euforia é exatamente aquele no qual você precisará segurar firme apesar das aparências negativas. Caso contrário, seria como se você estivesse desenterrando as sementes plantadas antes mesmo que possam começar a germinar.
Para aqueles que necessitam de uma força para superar a fase do desânimo e impaciência, seguem algumas lições básicas para se tornar um grande realizador e ter uma vida mais satisfatória frente aos objetivos traçados.
1. Crie um estoque de lembretes motivadores
Uma das crueldades da vida com relação aos objetivos é que são fáceis de definir e, muitas vezes, difíceis de realizar. Isso não poderia ser mais verdadeiro do que nas fases iniciais do trabalho em direção a um novo projeto. Quando escolhemos um novo objetivo que, inicialmente, parece que está ao nosso alcance, ficamos cheios de emoção e antecipação, como o início de uma maratona quando todos nos aplaudem na linha de partida. Mas os aplausos logo se tornam memória distante no momento em que passamos para a segunda fase, a do trabalho árduo. É nesta fase que precisamos ter um suprimento pronto de lembretes de motivação para continuar. Aqui estão alguns que costumo usar:
- O primeiro passo para o sucesso é aprender a liderar a mim mesmo;
- A semelhança entre o mais poderoso e o mais insignificante é o tamanho do cérebro;
- Deus não criou nada com o nome de alguém;
- Você aprendeu a andar, então pode aprender qualquer outra coisa.
Tenha os seus à mão, se identifique com eles e os use como gatilhos para te dar força na caminhada.
2. Seja mosca, não abelha
O principal problema dos estágios iniciais da busca por uma meta, é que você nem sempre têm a certeza necessária quanto ao caminho certo a seguir, principalmente se estiver abrindo novos caminhos. Muitas vezes você tenta algo e não funciona, tenta novamente e não funciona novamente, tenta de novo e de novo. Isso é difícil mesmo. Porém, é essencial se manter firme, pois você está aprendendo. Nesta situação, é muito melhor ser uma mosca do que uma abelha. Quando você coloca uma mosca e uma abelha em uma jarra de doce virada para cima, a abelha vai direto para a luz e vibra repetidamente contra o fundo do copo. A mosca, por outro lado, mergulha girando freneticamente ao redor do frasco, explorando todos os cantos até encontrar uma saída. Esse é o exemplo a ser seguido quando você deseja ter sucesso: seja uma mosca, não uma abelha.
3. Aceite a luta
Aqueles que desejam ter sucesso costumam tratar esta segunda, que é a fase da construção e do trabalho duro, como um desperdício de tempo. Muitas vezes preferem tentar pular para a próxima fase e encurtar o caminho para o sucesso. Fazer isto significa que a pessoa entendeu mal todo o processo, pois a fase do trabalho duro é fundamental e está aí para te fortalecer. Há uma história famosa de "O Homem e a Borboleta" na qual o homem que viu uma borboleta lutando para emergir de seu casulo e, com a melhor intenção de ajudar, abriu um buraco maior no casulo e puxou a borboleta. No entanto, em vez de voar para longe, a borboleta não conseguiu voar e morreu. Seu corpo estava muito inchado. O homem não entendeu que a luta da borboleta para emergir através do buraco forçava o fluido do corpo para as asas e, portanto, a tornava forte e pronta para suportar seu peso. Assim como para a borboleta, é importante para nós o fortalecimento das etapas de lutas (mas sem ficar perdendo tempo nelas, é claro! Equilíbrio é tudo).
4. Seja objetivo
No estágio duro da construção de resultados, é valioso recuar e nos distanciar do que está acontecendo para manter uma visão externa da coisa toda. Precisamos ser cubos e nunca quadrados. Os quadrados só veem dois lados. São pessoas que enxergam apenas a si mesmos contra o resto, enxergam assumir riscos como uma tarefa do tipo "faça ou morra". Para eles, progresso é um triunfo ou um desastre. A vida é em preto e branco na qual quem não sai ganhando sai perdendo. Já os que enxergam três dimensões, por outro lado, conseguem se distanciar de sua situação encontrando uma terceira posição na qual podem observar as coisas com mais objetividade, enxergar outras alternativas e entender melhor o saldo disto tudo. A vida não é mais ou mais. Passa a ter profundidade, cor, muitos ângulos e, principalmente, muitos aprendizados.
5. Não se julgue tanto
Nossa cultura ganha-perde coloca uma grande pressão sobre nós, quando, em todas as fases da vida, nos rotula como vencedores ou perdedores. Isso nos faz acreditar que o fracasso é um coisa ruim e que vencer é tudo que importa. Uma das expressões mais citadas em nossa cultura moderna é: "O fracasso não é uma opção". Mas isso é entender mal a verdadeira natureza do sucesso. Precisamos falhar para ter sucesso. Sim! Precisamos fracassar muito para ter sucesso. Praticamente todos os empreendedores de sucesso, de Thomas Edison a Walt Disney, experimentaram falhas muitas vezes. Mas eles não se julgaram. Eles interpretaram o fracasso como "ainda não tendo sucesso" e o viram como apenas mais um passo no caminho certo.
6. Gerencie seu moral
Obviamente, nem sempre é muito divertido passar pela fase difícil da construção de resultados. Quando a novidade passou e parece que ninguém mais está torcendo por você. Você não tem nada para entregar de concreto e o sonho ainda parece tão distante como estava no começo (talvez até mais). É aí que você precisa gerenciar seu moral. Isso significa gerenciar o estresse, manter as coisas leves e trabalhar naquilo que você não pode ver: seus padrões de pensamento, suas emoções e seu espírito. Assim como o fluido da borboleta, essas podem vir a ser as coisas que farão você voar. Você sempre pode escolher entre estar terrivelmente assustado e desconfortável pelo medo e decidir não fazer, ou, acostumar-se a estar desconfortável e partir para o risco de fazer e dar certo. É desconfortável fazer algo arriscado sim, mas e daí? Além disto, tenho certeza de que você também vai dizer que não quer estagnar.
Não tem como desenvolver-se em ambientes muito confortáveis.
Nós, seres humanos, somos muito parecidos com o mundo das plantas. Crescemos melhor quando trabalhamos de acordo com as leis da natureza e do tempo. Não tenha pressa demais para atingir seus objetivos. Se você se apegar com fé, certeza e determinação, chegará lá no devido tempo, quando for a hora certa e estará cheio de boas histórias para contar.